segunda-feira, 3 de novembro de 2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Superando Limites - Resistência e Palhetada Alternada - Por Jota Sabóia
Lembro que em 1998 em umas das minhas aulas de violão
clássico discutíamos sobre alongamentos , resistência e alguns aspectos
relacionados a anatomia do corpo e sua adaptação e adequação ao violão.
Todos sabemos que alongamentos antes de começar a treinar
violão ou guitarra é muito importante, ter horário de repousar também, já que
quando tocamos estamos usando músculos dos braços, antebraço e prestar atenção
na postura é essencial.
Neste artigo tentarei reunir um pouco de minha experiência
de “Músico + Técnico em Segurança do Trabalho”, afim de chegar a algumas
conclusões após pesquisa e resultados pessoais para o desenvolvimento de
palhetada alternada para desenvolvimento de velocidade.
Sim , mais o que tem haver Segurança do Trabalho com Música?
Bem amigos, na Segurança do Trabalho nós estudamos uma
disciplina chamada Ergonomia que é a adaptação do homem as máquinas ou
equipamentos, afim de que se execute as atividades da forma mais segura
possível observando os limites e a anatomia do Corpo Humano.
Como tive um vasto estudo de anatomia e após algumas
pesquisas na área da Educação Física sobre resistência e desenvolvimento muscular
, acho que este artigo pode ajudar e gerar uma nova visão sobre algumas
limitações do Corpo Humano e dar algumas dicas de como vencê-las.
Será que a resistência muscular do braço ou antebraço afeta
na hora da palhetada?
A Resistência Muscular é a capacidade de um grupo muscular executar
contrações repetidas por um período de tempo suficiente para causar a fadiga
muscular.
É definida pela habilidade do
grupo de músculos exercer um esforço submáximo por um extenso período. Força de
resistência pode ser atingida por ambas as contrações, sustentadas (estática) e
repetidas (dinâmica). Um programa de exercícios com pesos é o caminho mais
eficiente para obter capacidade muscular.
Ao executar a palhetada alternada
em exercícios mais longos ou monster licks e frases longas é inevitável não
sentir um leve cansaço nos músculos do braço ou ombro da mão que está
executando a palhetada. Sendo assim , da mesma maneira que um atleta se prepara
para um jogo de futebol, o músico também é indicado estar com o vigor físico em
dia.
O ideal é fazer musculação , que
além de ajudar e servir para a manutenção da saúde, ter vigor e disposição física
pode melhorar sua resistência e assim otimizar a técnica de palhetada
alternada.
Não estou falando aqui que está é
uma formula para o tal assunto, é apenas uma dica, pois uma das principais
limitações que eu tinha era essa, pois eu sentia um cansaço no braço e percebi
que se eu aumentasse minha resistência eu iria sentir menos o braço e conseguir
executar exercícios por mais tempo.
Já a velocidade é algo Gradual ou
seja em graus , você sobe aos poucos.
Pegue um exercício ou lick e comece
a executar no metrônomo em um tempo lento e vá aumentando gradativamente,
quando estiver executando com segurança sem engolir notas, ai sim vá executando
em uma velocidade maior e assim por diante.
Todo resultado é fruto de muito
trabalho e disciplina, todos que estão tocando muito bem e conseguindo fazer
coisas difíceis evoluíram passo a passo e com muita perseverança e persistência.
Não existe fórmula mágica , como diz o Técnico Muricy só existe Trabalho meu
amigo , muito trabalho.
Então amigo motive-se mais ainda
do que você já está e continue ralando em busca de superar seus próprios
limites.
Lembre-se de que a Evolução não é
ficar melhor do que os outros e sim superar a você mesmos , seus próprios
limites. Se amanhã você tocar melhor do que você está tocando hoje ai sim você
estará evoluindo.
Muito obrigado amigos e até mais
.
Para Aulas Online via Skype entre
em contato por email
Ou pelo Facebook
Jota Sabóia
terça-feira, 5 de agosto de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Um gramofone com dock para smartphones em estilo steampunk
Este gramofone estilo steampunk foi todo feito à mão com vários objetos antigos, mas não é só para figuração, já que conta com uma caixa de som Bluetooth da Apple. O dock é para iPhone e iPod, mas se o comprador quiser, pode ser adaptado para outro smartphone.
Como estamos falando de algo artesanal e único, não é de se espantar que este gramofone custe uma pequena fortuna na Etsy, mas mesmo que você não ache tão caro, nem adianta se animar, pois o criador da peça só garante o frete dentro dos Estados Unidos. Então para comprar só estando por lá.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
MÚSICO NÃO PRECISA DE INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE CLASSE PARA EXERCER A PROFISSÃO
MÚSICO NÃO PRECISA DE INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE CLASSE PARA EXERCER A PROFISSÃO
Atividade é considerada de livre expressão, não sendo razoável aplicar restrições ao seu exercício
A Quarta Turma do Tribunal Regional
Federal da 3ª Região (TRF3) decidiu, por unanimidade, que a profissão de
músico não exige inscrição na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) nem o
pagamento de taxas ou mensalidades por ser a música uma das formas de
manifestação da arte, devendo ser livre a sua expressão.
Segundo Lei nº 3.857/60, que criou a Ordem dos Músicos do Brasil, seria necessário o registro na autarquia para poder exercer a profissão. Porém, segundo a relatora do acórdão, desembargadora federal Marli Ferreira, essa exigência não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, por ser incompatível com a liberdade de expressão artística e de exercício profissional, asseguradas no artigo 5º, incisos IX e XIII.
A decisão manteve liminar concedida pela 1ª Vara de São José do Rio Preto em um mandado de segurança impetrado por um músico que teria apresentações programadas no Sesc Taubaté, Catanduva, Birigui e São José do Rio Preto, mas que a Ordem dos Músicos o estaria impedindo de se apresentar.
O músico alegou que faz parte de uma banda e que realiza apresentações em casas de shows, bares, clubes e festas e que, embora seja músico profissional, a OMB não permite apresentações em determinados locais sem que ele efetue o pagamento de mensalidades, exigindo, inclusive, que ele se filie à entidade, passando a pagar anuidades, com a emissão de carteira profissional.
Já a OMB afirmou que o artista não se limita a manifestar sua expressão artística e musical, mas que dela irá auferir rendimentos de natureza econômica, o que passa a ser exercício profissional. Alegou ainda que, para que o músico possa exercer a sua profissão é necessário, além da qualificação profissional específica, estar regularmente inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil, no Conselho Regional do Estado de São Paulo.
Na decisão do TRF3, a desembargadora Marli Ferreira afirmou que “de fato, o art. 5º, XIII, da CF assegura a liberdade de trabalho, ofício ou profissão e determina a observância das qualificações legais”. Porém, ressaltou que a regulamentação de atividade profissional depende da demonstração de existência de interesse público a proteger. “Portanto, não seria razoável aplicar, relativamente aos músicos, restrições ao exercício de sua atividade, na medida em que ela não oferece risco à sociedade, diferentemente, por exemplo, das atividades exercidas por advogados, médicos, dentistas, farmacêuticos e engenheiros, que lidam com bens jurídicos extremamente importantes, tais como liberdade, vida, saúde, patrimônio e segurança das pessoas”.
Ela afirmou ainda que “a música constitui uma das formas de manifestação da arte, exercendo o seu autor ou intérprete a liberdade supra mencionada e submetendo-se ao crivo da opinião pública. Sendo assim, apesar de a Carta Magna permitir restrições para o exercício de atividade profissional por meio de lei ordinária, tais restrições só poderão ser impostas com observância dos princípios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade, justificando-se a fiscalização somente no caso de atividade potencialmente lesiva”.
A decisão da turma concluiu, portanto, ser desnecessária a exigência de inscrição perante o órgão de fiscalização, seja ele ordem ou conselho.
No TRF3, a ação recebeu o número 0001747-24.2013.4.03.6106/SP
Assessoria de Comunicação
Segundo Lei nº 3.857/60, que criou a Ordem dos Músicos do Brasil, seria necessário o registro na autarquia para poder exercer a profissão. Porém, segundo a relatora do acórdão, desembargadora federal Marli Ferreira, essa exigência não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, por ser incompatível com a liberdade de expressão artística e de exercício profissional, asseguradas no artigo 5º, incisos IX e XIII.
A decisão manteve liminar concedida pela 1ª Vara de São José do Rio Preto em um mandado de segurança impetrado por um músico que teria apresentações programadas no Sesc Taubaté, Catanduva, Birigui e São José do Rio Preto, mas que a Ordem dos Músicos o estaria impedindo de se apresentar.
O músico alegou que faz parte de uma banda e que realiza apresentações em casas de shows, bares, clubes e festas e que, embora seja músico profissional, a OMB não permite apresentações em determinados locais sem que ele efetue o pagamento de mensalidades, exigindo, inclusive, que ele se filie à entidade, passando a pagar anuidades, com a emissão de carteira profissional.
Já a OMB afirmou que o artista não se limita a manifestar sua expressão artística e musical, mas que dela irá auferir rendimentos de natureza econômica, o que passa a ser exercício profissional. Alegou ainda que, para que o músico possa exercer a sua profissão é necessário, além da qualificação profissional específica, estar regularmente inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil, no Conselho Regional do Estado de São Paulo.
Na decisão do TRF3, a desembargadora Marli Ferreira afirmou que “de fato, o art. 5º, XIII, da CF assegura a liberdade de trabalho, ofício ou profissão e determina a observância das qualificações legais”. Porém, ressaltou que a regulamentação de atividade profissional depende da demonstração de existência de interesse público a proteger. “Portanto, não seria razoável aplicar, relativamente aos músicos, restrições ao exercício de sua atividade, na medida em que ela não oferece risco à sociedade, diferentemente, por exemplo, das atividades exercidas por advogados, médicos, dentistas, farmacêuticos e engenheiros, que lidam com bens jurídicos extremamente importantes, tais como liberdade, vida, saúde, patrimônio e segurança das pessoas”.
Ela afirmou ainda que “a música constitui uma das formas de manifestação da arte, exercendo o seu autor ou intérprete a liberdade supra mencionada e submetendo-se ao crivo da opinião pública. Sendo assim, apesar de a Carta Magna permitir restrições para o exercício de atividade profissional por meio de lei ordinária, tais restrições só poderão ser impostas com observância dos princípios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade, justificando-se a fiscalização somente no caso de atividade potencialmente lesiva”.
A decisão da turma concluiu, portanto, ser desnecessária a exigência de inscrição perante o órgão de fiscalização, seja ele ordem ou conselho.
No TRF3, a ação recebeu o número 0001747-24.2013.4.03.6106/SP
Assessoria de Comunicação
quinta-feira, 5 de junho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Titãs Nheegatu
Olá amigos do Blog Mestre da Guitarra nesta noite falarei um pouco sobre o novo disco da banda Titãs - Nheegatu. O disco pelo pouco que ouvi é um dos melhores dos últimos anos. O disco lembra um pouco o "Cabeça Dinossauro", a agressividade , as letras , o Som Cru livre de tantos aparatos tecnológicos. Para quem acompanha os Titãs desde o surgimento da banda com certeza vai gostar deste disco, mas tirem suas próprias conclusões.
Acima a capa do novo disco, “NHEENGATU”, palavra indígena que significa Língua Geral, compilação que os jesuítas fizeram no século XVII dos diferentes dialetos indígenas brasileiros para que índios e portugueses se entendessem.
Com arte e projeto do Sérgio Britto e design gráfico do André Rola, a pintura na capa de Pieter Bruegel retrata a Torre de Babel, um mito bíblico que fala de uma torre que os homens construíram para chegar ao céu, mas que foi destruída devido à falta de entendimento entre eles, que falavam línguas diferentes e não conseguiam se entender.
A capa e o título apresentam um paradoxo interessante: uma torre que foi destruída pela falta de entendimento e uma língua que foi criada para favorecer o entendimento. Na tentativa de fazer uma foto instantânea do Brasil atual, as duas ideias se contrapõem bem: uma palavra (e uma linguagem) de entendimento para tentar explicar um mundo de desentendimento.
Produzido por Rafael Ramos, “NHEENGATU”, o 18º da carreira dos Titãs, é o primeiro disco da banda pela Som Livre e chegará às plataformas digitais e nas lojas de todo o país no dia 12 de maio.
Acima a capa do novo disco, “NHEENGATU”, palavra indígena que significa Língua Geral, compilação que os jesuítas fizeram no século XVII dos diferentes dialetos indígenas brasileiros para que índios e portugueses se entendessem.
Com arte e projeto do Sérgio Britto e design gráfico do André Rola, a pintura na capa de Pieter Bruegel retrata a Torre de Babel, um mito bíblico que fala de uma torre que os homens construíram para chegar ao céu, mas que foi destruída devido à falta de entendimento entre eles, que falavam línguas diferentes e não conseguiam se entender.
A capa e o título apresentam um paradoxo interessante: uma torre que foi destruída pela falta de entendimento e uma língua que foi criada para favorecer o entendimento. Na tentativa de fazer uma foto instantânea do Brasil atual, as duas ideias se contrapõem bem: uma palavra (e uma linguagem) de entendimento para tentar explicar um mundo de desentendimento.
Produzido por Rafael Ramos, “NHEENGATU”, o 18º da carreira dos Titãs, é o primeiro disco da banda pela Som Livre e chegará às plataformas digitais e nas lojas de todo o país no dia 12 de maio.
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segunda-feira, 26 de maio de 2014
A batalha entre Chad Smith e Will Ferrell
O baterista do Red Hot Chilli Peppers Chad Smith e Will Ferrell (humorista e ator), fizeram um duelo de bateria durante o programa The Tonight Show with Jimmy Fallon, do canal NBC.
Eles utilizaram roupas iguais durante a entrevista, e cada vez que Jimmy Fallon perguntava algo para Chad, Ferrell era quem respondia, e vice-versa.
Depois da entrevista, eles foram convidados para resolverem suas diferenças em um duelo de bateria. Ferrell, porém, tem um segredo: um cowbell, que o faz vencer a batalha. Depois disso, Anthony Kiedis e o resto da banda entram no palco e tocam um cover de “(Don’t Fear) The Reaper”, da banda Blue Öyster Cult.
Veja o vídeo:
A batalha entre Chad Smith e Will Ferrell
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Michel Leme lança novo DVD Arquivos Vol.1
Arquivos - Vol.1
traz apresentações do trio formado por Michel Leme, Bruno Migotto (baixo) e Bruno
Tessele (bateria), no período de 2010 a 2013. "Seria um material pessoal, apenas
para o grupo, mas decidi lançar este meu primeiro pirata-oficial"- Michel Leme.
São 100 minutos de
música, captados em cinco momentos diferentes: dois lançamentos no auditório da
EM&T, show no café Piu-Piu, show no Sesc Ipiranga e Mind Expanding Festival
(show-extra na íntegra).
Todos os takes
foram filmados com apenas uma câmera pelo Flávio Tsutsumi da Sho-You, mas com
ótima imagem e áudio - e é do Flávio também a edição, a autoração e a arte
gráfica do DVD. A foto da capa é da Taty Catelan.
Arquivos - Vol.1
tem apoio cultural dos parceiros D'Addario, EM&T, Espaço Sagrada Beleza,
Luthieria.Net, Rotstage, Sho-You e Tecniforte.
Mais informações : http://www.michelleme.com/
segunda-feira, 19 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
"Space Oddity" - Chris Hadfield - vídeo gravado diretamente do Espaço
Em 1969 David Bowie gravou o Clipe da música "Space Oddity" onde ele simulava estar em um tipo onibus espacial. Naquele tempo ele não imaginaria o que poderia acontecer um dia de alguém fazer um clipe com a mesma música cantada diretamente do Espaço. O clipe feito por um astronauta virou um vídeo viral. A música com o clipe original de David Bowie teve até o momento 9.109.842 visualizações e a música cantada por Chris Hadfield foi vista por 22.340.040 pessoas até o momento. Que impressionante e a música e o vídeo são lindos. Claro que um clipe gravado direto do espaço é algo que desperta a curiosidade. Vejam e tirem suas conclusões.
domingo, 4 de maio de 2014
Entrevista com Douglas Jen
Entrevista com
Douglas Jen
MDG-01) Olá caro amigo Douglas Jen , é com grande prazer que
começo a nova série de entrevistas do blog mestre da guitarra com um
Guitarrista de Peso no cenário Nacional. Desde já agradeço por conceder essa
entrevista a este Blog. Mas chega de conversa e vamos ao que interessa. Como foi o seu primeiro contato com a
Guitarra? Você tocou algum outro instrumento antes ou foi direto para a
Guitarra?
Douglas Jen: Oi Jota, muito obrigado pelo convite do bate
papo, e parabéns pelo site, tenho acompanhado bastante! Bem, eu iniciei numa
época em que a informação sobre guitarra ou mesmo bandas de rock eram bem
difíceis de se conseguir, não existia internet e o que tínhamos eram os vídeo
clipes que passavam na TV. Eu ficava vendo o Slash fazendo aqueles solos no
GNR, via também Metallica, Iron Maiden e ficava “pirando”, pegava um violão
velho e ficava dublando na minha sala, desde a primeira vez eu já sabia que
aquilo era parte de mim. Mesmo sem saber tocar eu pegava o violão e ficava
tirando algumas melodias das músicas. Eu fazia a mesma coisa com bateria, eu
armava um “kit” com caixas de sapatos e ficava batendo com cabos de vassoura,
mas a minha família achava muito barulhento o que eu fazia (claro!) e entre
minhas performances acabei ganhando o primeiro violão e logo mais a primeira
guitarra.
MDG - 02) Todo músico que começou a tocar antes do surgimento da
internet, sabe as dificuldades que era para arrumar material de estudo , tirar
solos de ouvido dos discos de vinil ou as velhas e valiosas fitas K7 copiadas
de um amigo. Enfim você acha que hoje em dia é mais fácil ser músico do que
naquela época e para você qual o valor de ser um músico nascido nessa geração
onde tinha que tirar solos de ouvido?
Douglas Jen: Com certeza eu fui desta época! Para se
conseguir uma cifra sequer era uma dificuldade enorme, e hoje em dia você
digita no Google e já está tudo prontinho. Eu digo que não aprende um
instrumento só se você realmente não quiser, porque hoje em dia a informação
está ai, gratuita, centenas de vídeos, de apostilas, métodos, etc. Claro que
nada substitui um professor, porém você tem um baita material de apoio para se
aperfeiçoar e chegar bem mais longe do que 15 anos atrás. Não vou dizer que
hoje em dia é mais fácil ser músico até porque não vai depender somente desta
informação, mas sim do talento que a pessoa tem e da instrução, mas tudo está
muito facilitado.
Quem viveu esta época do K7, do walkman e do vinil era
“forçado” a se virar, tirar de ouvido e vejo que este pessoal treinava bem mais
a percepção, feeling, pois se você não conseguia tirar perfeitamente igual, na
mesma técnica, você acabava tirando o solo do seu jeito, implementava técnicas
e seu feeling no solo, colocava seu talento à prova o tempo todo. Hoje vemos
muitas pessoas com guitarras de 8 cordas tocando mil arpeggios como se fossem
robôs, pegam tudo pronto na internet e saem fazendo cópias, máquinas de tocar
12 horas por dia, talvez esta geração em que tudo tem que ser veloz, tudo tem
que ser difícil tenha perdido muita musicalidade.
Por isso quando eu vou compor eu ouço uns sons antigos, vou
para minha chácara ouvir pássaros, balançar na rede e ficar longe de tudo.
MDG - 03) A música Brasileira todos sabem que é uma fonte riquíssima
de pesquisa , variedades de ritmo, estilos. Apesar de você fazer um som pesado,
você bebeu na fonte dos Ritmos e estilos Brasileiros ?
Douglas Jen: Com certeza! Não somente no SupreMa mas também
em meu projeto solo que estou produzindo. Inconscientemente nós temos esta
ginga, algumas harmonias, melodias. Se você bater 2 acordes de baião, seja o
roqueiro que for já vai saber do que se trata. Se você tocar 5 ou 6 notas de
uma melodia de frevo qualquer cidadão já vai lembrar na hora da dança com os
guarda-chuvas coloridos, ou seja, é algo que está incorporado na cultura
brasileira e nós como músicos não somos diferente. Não somente os ritmos
nordestinos mas também a MPB é muito rica e quando você vai compor muita coisa
vem naturalmente. Hora uso a questão harmônica, hora a questão rítmica e
acentuações. Quem ouvir o CD “Traumatic Scenes” vai sacar muitas sutilezas, na
“Before the end” por exemplo temos grooves de samba e alguns riffs em Menor
Melódica e DomDim.
MDG - 04) Como surgiu a ideia de fazer um álbum conceitual,
relacionado a história do Filme “O Invisível?
Douglas Jen: “Traumatic Scenes” é um álbum conceitual
baseado no filme “O invisível” mas não é uma narração exata do filme. Usamos
toda a cronologia e história para mostrar um outro lado da história e todos
sentimentos ali implícitos como raiva, ódio, e também amor, memórias, saudade,
chegando aos pesadelos, visões e perturbações.
As letras se relacionam com o filme assim como os clipes, o cenário e o
figurino da banda. Tudo está ligado e quem for atento às letras e comparecer aos
shows, verão como cada peça se encaixa nesta trama.
MDG - 05) A sua banda SupreMa
tem feito shows por todo o Brasil onde você
ministra diversos Workshops. O
fato de ser guitarrista e poder viajar fazendo o que gosta lhe faz um músico
realizado? Fale um pouco sobre os Workshops.
Douglas Jen: Realmente, o SupreMa tem tido uma atividade
gigantesca nos últimos anos, viajamos 6 vezes em tours pelo Norte e Nordeste e
sempre ministro workshops e masterclass, e é bem legal poder tocar e também
fazer este bate papo com a galera local, aprendemos muito. Lembro em 2008 na
primeira tour do SupreMa estávamos em Caruaru e ao passear pela cidade com
nossos amigos de lá acabamos conhecendo vários músicos da cidade e também
algumas lojas de instrumentos musicais. Numa destas andanças encontramos uma
loja onde estava rolando um workshop de bateria com um músico paraense, e neste
work ele falava de um ritmo tipicamente do Pará, o Carimbó, e fiquei por lá no
workshop e me convidaram para fazer uma Jam com ele, foi divertido pacas um
guitarrista de rock tocar um ritmo diferente. No meio do work chamaram um
baixista local que tinha um groovão de funk/soul e ficamos uns 20 minutos lá
improvisando os três numa Jam totalmente insana com três caras que nunca haviam
se visto na vida tocando um ritmo totalmente inventado na hora. Este foi um dos
momentos mais divertidos de todas as minhas tours até hoje e eu creio que só quando
você está na estrada é que terá oportunidades assim de fazer o que gosta,
conhecer pessoas, lugares e sempre ter algo novo para aprender, é claro.
MDG - 06) Você agora faz parte do time de músicos da Peavey , como
surgiu essa parceria e quais são as marcas que apoiam seu trabalho atualmente?
Douglas Jen: Este endorsement da Peavey é algo que vínhamos
conversando por longos meses e recentemente se concretizou. Digo que é um sonho
realizado também pois todos guitarristas sonham em ter um Peavey um dia. O 6505
que é o sucessor do 5150, é um cabeçote com 9 válvulas e guita alto demais! É o
som do Rock e do Metal, as maiores bandas do mundo usam este amp ao vivo e em
estúdio e não vejo a hora de estar na estrada com ele. Vamos desenvolver alguns
projetos em vídeo, logo mais os fãs vão poder acompanhar em meu site www.douglasjen.com . Atualmente uso também
as guitarras da Ledur e também In Ear Monitor da Powerclick, empresas que já
estão comigo desde 2008.
MDG - 07) Qual o seu Setup atual ?
Douglas Jen: Eu gosto de usar um setup reduzido por causa
das viagens longas e também pela praticidade na montagem/passagem de som, tenho
um ótimo técnico de guitarra mas precisamos sempre ser rápidos nas viagens.
Em resumo:
- Guitarra Ledur 6 cordas em drop D, inteiriça e captação
EMG ativa (85 / 89)
- Guitarra Ledur 7 cordas inteiriça com captação Seymou Duncan (Distortion/59) ambas com ponte fixa e encordamento 0.11, são guitars preparadas para peso.
- Guitarra 6 cordas com Floyd Rose, Di Marzio Evo e cordas 0.10 que uso para músicas com solos mais complexos e velozes.
- Amp é o 6505 Peavey com caixas 4x12” 6505
- Pedais: DD7 (Boss), wha Cry Baby Classic (Dunlop).
- In Ear: mesa Powerclick MX 1x4S para mixar tudo, coloco todos canais no meu retorno (click, retorno do monitor, guitarra, sampler) e ele mixa stereo do jeito que eu quiser e me dá este ótimo recurso,
- Transmissores e earfone Shure.
- Guitarra Ledur 7 cordas inteiriça com captação Seymou Duncan (Distortion/59) ambas com ponte fixa e encordamento 0.11, são guitars preparadas para peso.
- Guitarra 6 cordas com Floyd Rose, Di Marzio Evo e cordas 0.10 que uso para músicas com solos mais complexos e velozes.
- Amp é o 6505 Peavey com caixas 4x12” 6505
- Pedais: DD7 (Boss), wha Cry Baby Classic (Dunlop).
- In Ear: mesa Powerclick MX 1x4S para mixar tudo, coloco todos canais no meu retorno (click, retorno do monitor, guitarra, sampler) e ele mixa stereo do jeito que eu quiser e me dá este ótimo recurso,
- Transmissores e earfone Shure.
MDG - 08) Quais foram os principais guitarristas que influenciaram
no início sua carreira e o que você tem ouvido atualmente?
Douglas Jen: Como falei no começo o Slash foi o principal
junto com o Kirk, foi basicamente por causa deles que comecei a tocar guitarra.
Atualmente ouço inúmeros guitarristas, mas quem tenho ouvido mesmo tem sido o John
Petrucci, Guthrie Govan, Paul Gilbert, Jon Schaffer, Zakk Wylde. Todos em
estilos bem diferentes e acabo adquirindo um pouco de influência de cada um
deles.
MDG - 09) O que você acha de sites e blogs de ensino de Guitarra
online gratuitos e dos músicos que fazem vídeos online , enfim se preocupam em
passar um pouco do que sabem trazendo um conteúdo de qualidade e somando com os novos músicos que estão surgindo?
Douglas Jen: Eu acho fantástico pois na minha época eu não
tinha isso. Eu mesmo iniciei em 2007 e fui um dos primeiros a fazer vídeo aulas
gratuitas para a galera poder pegar exercícios e dicas importantes. Na internet
você encontra um material vasto e isso ajuda em pesquisas e servem como
material de apoio extra, mas a grande verdade é que nada substitui um bom
professor.
MDG -10) Qual a importância dos professores de música para a
formação de um músico? Qual a sua opinião sobre os músicos autodidatas, você acha que alguém consegue um bom
resultado estudando somente pela internet?
Douglas Jen: Como dizia, isso serve como complemento pois no
vídeo você apenas vai ver mas não vai receber o feedback se está fazendo certo.
Se você for autodidata correrá o risco de aprender coisas pela metade ou às
vezes erradas e isso pode lhe custar anos de estudo jogado fora e ter que
começar do zero em algumas técnicas. Por isso digo que isso deve servir como
material de apoio e também como um extra.
MDG - 11) Quais os seus principais projetos para 2014 ? Seu foco
atual como músico está em que?
Douglas Jen: Neste presente momento é o lançamento do novo
clipe do SupreMa, da música “Fury and Rage” que foi muito bem recebido pela
crítica internacional e temos tido muitos compromissos sobre este clipe. Logo
mais o SupreMa volta à estrada para continuar a tour do “Traumatic Scenes” e em
paralelo a isso estou produzindo o meu primeiro disco solo, ainda não tenho
data ou previsão de lançamento e estou produzindo com calma, quero lançar um
disco totalmente diferente do que faço com o SupreMa com várias participações
de amigos e de grandes nomes. Para o segundo semestre tenho algumas novidades
engatilhadas na área didática, porém ainda não posso divulgar. Quem ficar de
olho no meu site vai poder curtir tudo isso no momento certo.
MDG -12) Que mensagem você deixa aos novos músicos que estão
estudando e buscando um lugar ao Sol.
Douglas Jen: Minha mensagem é sempre esta: Estude música!
Independente se você vier a se tornar profissional ou não, tocar um instrumento
é maravilhoso, seja ele qual for. O mundo da música promove agradáveis momentos
e eu mesmo tenho alunos que usam isso como terapia, tenho alunos advogados,
diretores de multi nacional, consultores, engenheiros... Em primeiro lugar
toque por prazer e se você sentir que isso está no seu sangue e você tem
talento, invista sem medo, vá em frente e não tenha medo de ter que largar tudo
e começar sua carreira. Todos têm dificuldades na vida e tenha certeza que
quando você decidir ser músico muita gente vai te chamar de maluco, sua família
vai virar as costas e você vai ver muita gente se afastando, mas o sonho deve
estar à frente e te mover em busca do que você quer ser. Imagine-se na beira de
um penhasco e você tem uma corda bamba que te leva até o outro lado, você dá
três passos à frente e não deve olhar para trás e nem para baixo, olho fixo no
objetivo!
MDG -13) Douglas muito obrigado por essa entrevista e colaboração
para o conteúdo do Blog Mestre da Guitarra. Deixe aqui suas considerações
finais.
Douglas Jen: Eu que agradeço pelo bate papo, é sempre bom
falar de música e de guitarra. Fiquem atentos no meu site e nas mídias do
SupreMa, logo teremos novidades!! Nos vemos na estrada!
Espero que gostem e até a próxima!!!
Modo Lídio Dicas Por Jota Sabóia
Hoje a noite estive conversando com um amigo leitor do blog e ele me perguntou sobre aplicação dos modos gregos. Uma dica bem legal é estudar os intervalos característicos de cada Modo. Para entender melhor é bom ouvir músicas que utilizam cada modo. Aqui citarei algumas músicas que usam o modo lídio.
Acima um quadro explicando os intervalos, no caso do modo Lídio temos a 4 Aumentada. Sabendo qual o intervalo característico do Modo ai é só ouvir harmonias e ver como os guitarristas aplicam o modo lídio dentro das suas músicas. Isso me ajudou muito a entender os Modos, espero que seja útil para vocês.Depois você pega o nome da música vai no cifraclub e baixa o arquivo de Guitar pro que geralmente tem por lá e tenta entender a Harmonia de cada música. Se quiser Backing Track vá no site Guitar Backing Track e consiga por lá também é muito fácil.
Músicas no Modo Lídio
Início dessa Música Overture está no modo Lídio
Essa eu gosto muito bem legal a introdução de Dancing Days do Led Zeppelin
Acima um quadro explicando os intervalos, no caso do modo Lídio temos a 4 Aumentada. Sabendo qual o intervalo característico do Modo ai é só ouvir harmonias e ver como os guitarristas aplicam o modo lídio dentro das suas músicas. Isso me ajudou muito a entender os Modos, espero que seja útil para vocês.Depois você pega o nome da música vai no cifraclub e baixa o arquivo de Guitar pro que geralmente tem por lá e tenta entender a Harmonia de cada música. Se quiser Backing Track vá no site Guitar Backing Track e consiga por lá também é muito fácil.
Músicas no Modo Lídio
Início dessa Música Overture está no modo Lídio
Essa eu gosto muito bem legal a introdução de Dancing Days do Led Zeppelin
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Como seria se os Super heróis fossem RockStars
O Ilustrador Andrés Moycano resolveu imaginar como seria se os Super Heróis fossem Rockstars. Muito legal as ilustrações.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Entrevista com Mattias Eklundh por Francesco Sicheri - Music Off
Olá amigos vou postar aqui uma entrevista feita pelo amigo Francesco Sicheri do site Music Off. O Site é italiano e a entrevista tem legendas em italiano e no clique ícone do youtube no Vídeo do lado direito abaixo e na página do youtube onde tem legendas ocultas você pode botar a legenda para português e assistir a entrevista.
Boa diversão.
Boa diversão.
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